A fala indevida é uma flecha
Que não erra o alvo, inda destrói
Se ela não conseguir no momento
Com o tempo, aos poucos ela corrói
É uma coisa das mais perigosas
Parece fogo, mas nem água apaga
Se tentarmos fazer uma boa correção
Mais alastra, e vai virando uma praga
A corrosão é de dentro para fora
Bem onde funcionam as faculdades
Por mais que a gente busque entender
Parece ir só aumentando as dificuldades
Quando uma fala complica
Um cento não adianta, não explica
Pode desistir e esquecer para sempre
É como querer acabar com capim tiririca
Arranca uma batata tem outra
Pensa que arrancou todas, enganou
No outro dia a gente acorda tranquilo
Vê e assusta com quantidade que brotou
Dizem que o recurso é um porco
Literalmente em se tratando do capim
A fala que compromete vira uma trança
Que nem uma porcada conseguiria dar fim
Acho melhor parar enquanto cedo
A noite está chegando, convém eu calar
Se alguém tiver dúvida ao ler o meu escrito
Favor, não faça pergunta, não quero fofocar
Coelho
Em 22.06.2017 às 21:47 hs
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