A saudade, a carência e o amor
Não sei qual dos três é mais forte
Mas enquanto o amor revigora a vida
Qualquer das duas pode nos levar à morte
Às vezes fico arrasado e penso
Por que a vida é tão diversificada
A vulnerabilidade do ser humano é forte
Por mais robusto que ele seja, aguenta nada
Hoje, acordei triste e nostálgico
A carência tomou meu corpo sem dó
O tempo passa, ela não, ainda aumenta
E pode estar fervendo de gente, me vejo só
Já escrevi que metade sem metade
É uma luta muito grande pra sobreviver
E foi com conhecimento de causa, querida
Você é minha metade, jamais pensava perder
Exagerei ao dizer que é uma perda
Foi uma colocação meio tola ou impensada
Ao nosso Deus pertence tudo que há no mundo
Ele apenas me serviu com aquela joia prendada
Uma joia sem preço, e sem medida
Que Ele me cedeu pra construir o meu jardim
E no tempo certo Ele veio e a recolheu para Si
O que ela construiu de belo, deixou junto de mim
O que me deixa nostálgico é a sua falta
Muito bem acostumado vivendo todo feliz
O que ela deixou é um tesouro sagrado: família
Mas, viver com ela, ah! Se coubesse a mim, teria bis
Eu queria tanto vê-la bem velhinha
Não para saber se ficaria feia ou muito bonita
Isto não vem ao coso de dois corpos bem ajustados
Afirmo com certeza, onde há amor mútuo, só ele apita
Gosto bem de brincar, mas dessa vez, é serio
Não é à toa que ouso me chamar de sortudão
A gente nem precisou aprender a amar ou querer
Bem ao primeiro encontro, selou-se coração a coração
Obrigado, Senhor!!! Obrigado, meu grande amor!!!
Coelho
Em 10.0902020 às 12:50 hs
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