Antigamente, ainda existia o amigo da onça
Hoje, não tem nem a onça, mas veja o perigo
Se for verdade que perguntar não ofende
Segura essa: como é que podemos ter amigo?
Perdoe-me por ter pensado assim
E também por uma pergunta tão capciosa
Mas, no mundo em que vivemos, digo
Quanto mais malandro, melhor a prosa
Apesar de quê, não sei se era tanto assim
E se esse malandro sempre foi presente
O pior é que a gente não se da conta dele
E o danado vive bem no meio da gente
Quando menos se espera, lá vem ele
Uma conversa boa que tanto nos agrada
Aí a gente fala: puxa! Que cara legal
E, às vezes, o que vem é aquela porretada
Dessa, meu companheiro, garanto
Não escapa ninguém nesse mundo
Infelizmente, é uma luta tão desigual
Que até os direitos são dos vagabundos
Não estou generalizando, nem devo fazer
Até concordo que toda regra tem exceção
Pensando bem, quem sou eu para julgar
Convém que tomemos muita precaução
Coelho
Em 04.02.2010 às 23:58 hs
Comments