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Foto do escritorAntonio Coelho Ribeiro

Embora eu seja um macho



Embora eu seja um macho

Vou ter que procurar dona cegonha

Ver se ela tem algum neném disponível

Ou eu mesmo criar um de nome vergonha


Se eu já tive isso algum dia, não sei

Pois cada hora sinto bem mais confuso

Sua falta vem sendo sentida faz tempo

Se ainda existe está plenamente em desuso


É uma luta ou peleja muito grande

Quanto mais se lutar mais se perde

E um homem sem essa coisa fica difícil

Sei não! Acho que é bem melhor o que fede


Esse, querendo, pode melhorar

Toma banho, passa perfume, fica bem

Um sem vergonha perde tudo que é bom

Para voltar a ser gente, nem ajuda ele tem


Não tem porque não acreditam

O danado fala e não adianta nada

As pessoas já sabem antes é como dizem

Confiou entrou foi numa baita roubada


Bom que a minha não é das piores

O meu bom caráter ainda sustento

Porém, preciso mudar meu jeito de ser

Prometo para mim mesmo e não aguento


E isso vai me corroendo a alma

Triste ver vontade e promessa perdidas

Queria tanto ser um homem de palavras

No sentido de ter as promessas cumpridas


A meu ver não existe nada melhor

Do que o homem íntegro moralmente

Nem sei por que a vida tão curta como é

E a gente não conseguir que ela seja decente


Que dó que dá quando a gente pensa

Ardendo naquela vontade de ser melhor

Levanta logo o peito e fala assim, é agora

Dai a pouco volta o cachorrinho e bem pior


O suspiro vem e a gente não segura

Tendo que soltá-lo mais que devagar

Ai daquele que não souber fazer bem feito

Garanto: no primeiro que vier vai estourar


Coelho

Em 29.06.2018 às 22:07 hs




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