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Foto do escritorAntonio Coelho Ribeiro

Esse vovô, eu não sei não



Esse vovô, eu não sei não

Acho que só sabe fazer poesia

Ele deve amar minha vó de montão

Só fica naquele computador todo dia


São palavras da minha netinha

Tão pequena e parece perceber

É muito grande o amor que carrego

Até uma criança consegue entender


Amor é amor, e não há engano

Ainda que a gente queira esconder

Quem ama, não precisa sair gritando

O mundo inteirinho consegue ver


Nesse assunto, queria ser o artista

Pra fazer o papel sem me envolver

Até que tentei, mas não deu certo

E o amor invadiu todo o meu ser


É que um dia encontrei alguém

Tudo mudou, não tinha como fingir

Era o verdadeiro peixe bem fisgado

Por mais que lutasse tinha que sair


Só que o peixe vai pra frigideira

E, às vezes, brasa ou forno de fogão

Eu saí do rio de uma vida de solteiro

Pra morar dentro de um lindo coração


Minha história é igual a da bica

A água passou durante trinta anos

Bica caiu, e ela continuou a passar

Naquele coração, continuo morando


Um deleite, não há como negar

A sorte de morar no centro da vida

Ela também continua aqui dentro

Enquanto eu viver, não terá sua saída


Reciprocidade é uma coisa linda

Ainda mais quando se tem certeza

O sofrimento, às vezes, é muito duro

Mas sou feliz, conheci e vivi essa beleza


Coelho

Em 06.04.2011 às 12:55 hs


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