Fiquei todo engasgado
Quando encontrei a dedicação
Como o engasgo não deixa a gente falar
Naquela hora fiquei mudo, teve jeito não
Era aquele cartão bacana
Que o casal de filhos escreveu
Gente, cuidado com esse velhinho
Foi emoção demais, ele quase morreu
Ele anda aprumado e todo ancho
Com o coração lotado de boa vaidade
Para ele, filho sempre será bem-vindo
Todo aquele que quiser, venha à vontade
Até que teve poucos biológicos
Todavia, não foi pela sua intenção
Porque se dependesse do dito cujo, meu fi!
Garanto: seria no mínimo um baita montão
Oh! Homem pra gostar de filhos
Desse, o mundo deveria estar cheio
Apaixonado pelo Ser Humano como ele é
O caboclo admira a todos: não acha um feio
Um coração maior que o peito
De um tamanho até meio descomunal
Quanto mais tiver alguém a chama-lo de pai
Além de gostar, vai considerar como filho legal
Vai gostar de ser pai lá longe, sô
Cada filho que vem é mais um troféu
Imagina os que podem escolher: e o escolhe
A sensação é tão boa, que parece sentir o Céu
Pra mim, não deve haver coisa melhor
Só não sei bem se haja alguma dignidade
Porém, uma certeza: ah!!! Eu sei que tenho
Quanto mais me aparecerem, mais felicidade
Dedico a todos os meus filhos queridos
Tanto aos biológicos quanto aos do coração
Aos dois, de nome Lúcio e Mônica, agradeço
Mas quero que saibam: quase mataram o Véião
Coelho
Em 28.08.2018 às 10:04 hs
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