Minha boca não diz essas coisas
Não quero e nem posso consentir
Há muito a consagrei ao meu Senhor
Para falar só o que Ele gosta de ouvir
Dizem que a gente fala o que quer
Então fica bem fácil fazer a seleção
Gente, falar é bom demais, como falo
Faço de tudo pra não dizer um palavrão
Palavrão não é o tanto de sílabas
Pode ser uma só, depende do seu teor
Uma palavra bem selecionada é tão boa
É igual a comida bem feita, ela tem sabor
A boca gosta de comida gostosa
Os ouvidos gostam de palavra macia
Pelo menos esse meu par, posso garantir
As mais usadas, se tivesse jeito não ouviria
Parece um tranque em um carro
Com defeito no arranque para pegar
Os meus ouvidos levam cada paulada
Com esse dialeto que usam como popular
Dizem que pessoa fala do que tem
Ou seja, do que o coração está farto
Imagina na hora de saborear a comida
Tiver aquela porcariada toda no seu prato
É o que acontece com os ouvidos
Que delícia é ouvir palavras de doçura
Se me esqueço, e pronuncio uma indevida
Logo em seguida, vem o sabor de amargura
Outra amargura é não cumprir
O que a gente prometeu de coração
Aquilo que ninguém é obrigado fazer
Todavia, a promessa requer a obrigação
Hei de afirmar nesse meu prisma
Ser o mais fiel possível nessa intenção
Deus deixou-me bem à vontade na vida
Nunca me obrigou fazer a Ele a consagração
E para preencher as possíveis falhas
Ele tem para cada ser de boa vontade o perdão
Desde de que o busquemos com toda sinceridade
Não vale nenhum jogo de empurra ou embromação.
Obrigado, Deus por esta doce e Sagrada inspiração!!!
Coelho
Em 09.07.20 às 12:19hs
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