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Foto do escritorAntonio Coelho Ribeiro

Na calmaria desta madrugada



Na calmaria desta madrugada

Acordei, e aí comecei a meditar

Carrego milhões nesse meu peito

Fortuna que nem rico pode comprar


A riqueza da paz que conforta

Algo que não existe na vaidade

Ter cumprido meus deveres aqui

Pra hoje viver plena tranquilidade


Uma tranquilidade espontânea

De a gente deitar e poder dormir

É o ganho de um dever a contento

Sendo conforto para todo um porvir


Com ela forrei o meu berço

É o lado mais macio do colchão

Nada para perturbar o meu sono

Nem dívida a pagar, nem ambição


Ambição é necessária no viver

Mas precisa que seja bem dosada

A tulha pode ser tamanho gigante

Podem crer, nunca será completada


É a tal chamada bola-de-neve

Que vai encampando o espaço

Como é de imensurável tamanho

Por mais que faremos, falta pedaço

Esse pedaço dependerá de outro

E assim, vai se consumindo a vida

Todo espaço que tentamos preencher

Ambição irá dizer: não deu na medida


E hoje, você já pensa no amanhã

Bom seria numa noite bem comprida

Todo trabalho é maravilha, e faz bem

Porém, precisamos de uma bela dormida


Digo bela, referindo ao descanso

Sétimo dia, Deus também descansou

Buscar primeiro o reino Dele e justiça

E o pão do nosso suor, Ele recomendou,


Trabalhar sim! Sem perdermos a paz

Promessa: suprir nossas necessidades

Lá, vai a pergunta: qual seria a razão

De vivermos mergulhados nas vaidades


É um baita de propósito sem fim

Como disse: a medida nunca completa

Abraçar o mundo igual o urso na panela

Morrendo queimado, só um pobre pateta


Coelho

Em 04.02.2022 às 09:04 hs


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