Tudo que não acaba enjoa
Pra mim o que acaba é melhor
Pode ser que eu reclame sua falta
O enjoado, que suma do meu redor
Nem lembra-lo eu quero mais
Quanto tempo vivo na insatisfação
Esse trem não acaba nunca, é sofrido
Pra achar quem o aceite, haja seleção
Pergunta um, pergunta outro
Difícil alguém querer o coitado
O outro novinho pode ser até pior
Gosto não se discute, caso encerrado
Ele nos deixa aquela atenuante
Dura pouco, e seu destino é o lixo
A evolução dá um mais sofisticado
Vem cá, o cheirinho do novo é o bicho
Qualidade, durabilidade nem sei
Não deve ser contado com beleza
Importante é estar na moda, meu fi!
O que conta é a impressão de nobreza
E a paz não encontra seu lugar
Vaga por aí sem destino ou função
Pudera... veja onde ela quer morar
Logo aqui dentro desse meu coração
Escolher o principal lugar
Querendo afagar a minha alma
Aí, a bendita queira me desculpar
É querer muito, melhor ela ter calma
Nisso a vida passa, e bem depressa
Pensa se nem um dia bom acontecer
Que a paz venha nos inundar no todo
O de fabuloso que temos é ela no viver
Eu posso ainda ficar bem velhinho
Se bem que já não estou muito novo
Cada segundo nesta vida é tão lindo
É como um belo pintinho saindo do ovo
Obrigado Senhor, por cada nascer de um novo segundo
E por não ter me deixado vivendo sozinho nesse mundo!!!
Coelho
Em 18.09.2020 às 11:15 hs
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