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Foto do escritorAntonio Coelho Ribeiro

Perguntei para o chuveiro


Perguntei para o chuveiro

O que eu faço aqui debaixo

Só para eu ganhar um banho

Tenho que sujeitar ser capacho


Na calma ele respondeu

Comigo tem que ser assim

Se caso eu te deixar fedendo

Até seu nariz vai condenar a mim


Imagina cair na boca do povo

Sabes que ele não usa perdoar

E não pensa que vou cair sozinho

Pois essa conta tu também irás pagar


Dirão que tu não és meu amigo

E, serei chamado até de furadinho

Eles têm razão, você vai andar por aí

Enquanto eu estou aqui bem quietinho


Enfia aqui debaixo quem quer

Pra mim não importa o seu fedor

Nem nariz eu tenho pra sentir nada

Lavo não porque merece; só por amor


Minha pergunta fazia sentido

Até quando chegou essa resposta

Coitado dele sofre tanto para agradar

Infelizmente, tem gente que não gosta


Sofrer aquela quentura toda

Para ser o mais agradável possível

Ainda ter que ouvir perguntas imbecis

Lavando sujeira!!! Cá pra nós: é incrível


Mudei totalmente minha ideia

Ou bem melhor, mudei de opinião

Quero agradecer esse amigo fantástico

Que com sua paciência me ensinou a lição


Até já chuveirão, grande amigo

Como foi bom eu ter te perguntado

Com todo esse seu belo esclarecimento

Até o meu interior conseguiu ser lavado


Coelho

Em 18.09.2018 às 18:49 hs


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