top of page
Foto do escritorAntonio Coelho Ribeiro

Quase que morri de susto


Quase que morri de susto

Quando eu a vi conversando

Com aqueles homens robustos

Falei, será que tá me enganando


Se tiver, estou rascado

Só gosto daquela danada

Eu lá todo ansioso a esperá-la

Ela com dois, numa prosa ferrada


Cruz credo, Deus me livre

Bom que se tratava de irmão

Imagina se fosse o que eu pensei

Ela ia me encontrar caído no chão


Foi uma experiência bizarra

Provou que quem tem, tem medo

O caboclo na atual conjuntura, meu

Pra dançar, basta um estalar de dedo


Quando vou dormir, logo penso

Poderia deixar um olho arregalado

Mas não adianta, aí, é fechar os dois

Se o passarinho quiser, voa do seu lado


Não é porque estão fechados

Pode ser dia claro, e os olhos abertos

Você pensa que isso segura o bichinho

Os quietos é a escolha, mas são espertos


Eu cá, que só deito pra dormir

Passarinho que durma onde quiser

Ele veio por gosto dormir no meu ninho

Tranquilidade: muita fé, venha o que vier


Parece muito convencimento, sô

A audácia, eu me chamar de sortudão

Sendo que esta palavra ainda não existia

Tantos pássaros, e encontrar o do coração


E não foi só uma vez que aconteceu

À vontade, pode chamar-me de gabola

Com uma fauna diversificada como temos

Só pássaros mais valiosos na minha gaiola


Voltando lá bem no comecinho

Aproveitei a ocasião pra fazer história

Vendo aquela cena, tive a ideia de brincar

Ter esse pássaro do meu lado é uma vitória


Como diz um famoso antigo ditado

Deixa a abóbora alastrar ou criar rama

Como eu disse, só deito mesmo pra dormir

Acordo, o bichinho, tá no cantinho da cama


Meeeeeeeeeeeeeeeu Fi!!! Ainda bem, né?

Coelho

Em 08.02.2021 às 11:36 hs


28 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page