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Foto do escritorAntonio Coelho Ribeiro

Se eu for contar a minha história


Se eu for contar a minha história

Já sei, quase que ninguém acredita

Vão até me chamar de papo furado

E pedir para que eu não mais repita


Até que ela não é muito complicada

O que dificulta tudo, é a diversidade

Nem acabo de terminar um assunto

O outro já entra dando continuidade


Tem gente que até parece que gosta

Ou então por educação prefere fingir

E aí, como sou meio sem freio no falar

Vou falando tudo que vem, sem medir


Entendam: tudo que pode ser falado

Em qualquer tempo e qualquer lugar

Sou brasileiro, defendendo português

Todo palavrão ou gíria, procuro evitar


Comemos uma comida tão saborosa

Lavamos a boca, escovamos o dente

A lambança da fala a gente não lava

Tamanha sujeira, e a pessoa não sente


Esse zelo ou cuidado quero conservar

Contar a minha história com satisfação

Com o compromisso dos indefensáveis

Sem usar uma mentira, só o meu jargão


Meeeeeeeeeeeeeeeu fi!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Vou deixar ele pra você, bem caprichado

Se gostar, manifeste, vou ficar muito feliz

Caso contrário, quero ser bem desculpado


Tem gente que me admira acima da conta

Só que nunca usa daquela admiração boa

Reclama do meu assunto que nunca acaba

Fico ouvindo, pergunto: será que falo à toa


Meu filho, diz que meu pecado é o excesso

Em compensação nunca pensei economizar

Reconheço com tudo que é de direito e razão

Morrerei num sufoco danado se tiver que calar


Coelho

Em 18.11.2017 às 09:20 hs




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