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Foto do escritorAntonio Coelho Ribeiro

Sou tão carente de um colo



Sou tão carente de um colo

Maravilha quando a gente ganha

A vida é boa, mas às vezes, difícil

Viver numa carência tão tamanha


Não sei, não fui acostumado

Ouvir a palavra não ou depois

Tudo que um desejava já se sabia

O querer estava imbuído em nós dois


Não tinha nem como evitar

De tão exata que era a sintonia

A gente nem pensava nada de erro

Vez em quando, um susto acontecia


Arriscava sem preocupar

Para que saber se seria um risco

Regularizado com Deus e o povo

É só alegria, bem melhor que ser rico


Aliás, riqueza é que não faltava

Falei no sentido de rico monetário

Pois de amor, não tínhamos dúvidas

Éramos mais que qualquer milionário


Voltando lá na minha carência

Que tristeza causa um colo negado

Eu nem sabia que isso doeria tanto

É uma dor que deixa o peito magoado


Não aquela mágoa de rancor

É a de um sentimento profundo

Com a falta daquele que eu tinha

Ainda me sinto bem perdido no mundo


Tudo continua até bem razoável

Reviver boas lembranças é muito bom

Mas tem dia que isso aperta de um jeito

Luto para que as coisas não saiam do tom


Um abraço gostoso ameniza muitos anos de saudade

Um minuto de um colo jeitoso equivale a eternidade


Coelho

Em 12.01.2018 às 09:15 hs


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