Vinte e nove de julho de 1967
Eu mudava para uma vida a dois
Agora vinte e nove de julho de 2012
Já com quarenta e cinco anos depois
Dá vontade de escrever tudo
Tudo que fala de ausência e solidão
O que já escrevi até hoje, não é pouco
Porém, uma pequena parte do montão
Montão que ainda existe aqui dentro
Não só no coração, em todo o meu ser
Padeço de saudade no meu dia a dia
Nas principais datas, ah! Dói pra valer
Dói, e não há quem possa curar
Dizem que mal de amor, só outro, cura
Acredito sim, porque pra tudo tem jeito
Sendo pelo amor do Deus lá das alturas
Aqui em baixo, é tudo diferente
A vida é boa, só que é muita ilusão
Mas, ai de nós se ela não existisse
Ficaríamos somente deitados no chão
Vou forçando a barra até onde der
Da tal ilusão, estou bem desprovido
Pra ver a realidade e fingir que não
Pesa tanto quanto abafar os gemidos
Não é brincadeira, queridos irmãos
Ter que fazer isso é arriscar explodir
Infelizmente quase não tem outro jeito
Melhor tentar viver assim, que desistir
Não tenho o compromisso de viver
Por isso devo deixar que a vida flua
Ela é o dom maior que Deus me deu
Vivo cada segundo pela misericórdia Sua
Coelho
Em 29.07.2012 às 20:05 hs
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