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Foto do escritorAntonio Coelho Ribeiro

Viver na inocência é muito bom

Atualizado: 18 de out. de 2018



Viver na inocência é muito bom

Mas o meu maior desejo era saber

Não saber da vida alheia não senhor

Seriam duas coisas simples, ler e escrever


Sou um apaixonado pela escrita

Tal façanha pra mim é vida e saúde

Tanto é que batalho tudo o que posso

Escrevo o que vem, mesmo eu sendo rude


Rude só no sentido de inculto

O que não faz parte da qualidade

Porque dos outros quesitos, devo dizer

Já tenho, e procuro usá-los bem à vontade


Estes já vieram lá do bercinho

Seguidos de uma boa orientação

A leitura pode até ajudar bastante, sim

Porém, há muitos letrados sem educação


Falo de não ter tido oportunidade

Se tivesse não sei se iria saber aproveitar

A gente usa só reclamar do que não tem

Às vezes, o que tem é só fardo pra carregar


E se não for usado, fica difícil

Parece que o peso só vai aumentando

Qualquer toque ou um esbarro de alguém

O caboclo antes de pensar, vai entornando


Falar assim, até que não gostaria

Embora com conhecimento de causa

Já me deparei até mesmo com médico

Que ao atender um telefone vira uma brasa


Ainda que, dentro do combinado

Parte com tudo pra cima do paciente

Fico imaginando “cá com os meus anzóis”

Será que ele preferiu ser médico, a ser gente


Não falo o nome de um, conhecido

Não faço isso Amândio de ninguém

Na medicina dizem que ele é muito bom

Educação, não precisa contar: ele não tem


Coelho

Em 04.09.2018 às 10:45 hs



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