Viver na inocência é muito bom
Mas o meu maior desejo era saber
Não saber da vida alheia não senhor
Seriam duas coisas simples, ler e escrever
Sou um apaixonado pela escrita
Tal façanha pra mim é vida e saúde
Tanto é que batalho tudo o que posso
Escrevo o que vem, mesmo eu sendo rude
Rude só no sentido de inculto
O que não faz parte da qualidade
Porque dos outros quesitos, devo dizer
Já tenho, e procuro usá-los bem à vontade
Estes já vieram lá do bercinho
Seguidos de uma boa orientação
A leitura pode até ajudar bastante, sim
Porém, há muitos letrados sem educação
Falo de não ter tido oportunidade
Se tivesse não sei se iria saber aproveitar
A gente usa só reclamar do que não tem
Às vezes, o que tem é só fardo pra carregar
E se não for usado, fica difícil
Parece que o peso só vai aumentando
Qualquer toque ou um esbarro de alguém
O caboclo antes de pensar, vai entornando
Falar assim, até que não gostaria
Embora com conhecimento de causa
Já me deparei até mesmo com médico
Que ao atender um telefone vira uma brasa
Ainda que, dentro do combinado
Parte com tudo pra cima do paciente
Fico imaginando “cá com os meus anzóis”
Será que ele preferiu ser médico, a ser gente
Não falo o nome de um, conhecido
Não faço isso Amândio de ninguém
Na medicina dizem que ele é muito bom
Educação, não precisa contar: ele não tem
Coelho
Em 04.09.2018 às 10:45 hs
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