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Foto do escritorAntonio Coelho Ribeiro

Vou mudar de profissão


Vou mudar de profissão

Eu agora quero ser pedreiro

As patroas quando estão longe

Pensam em mim o tempo inteiro


Eu estava firme no trabalho

Fazendo de tudo para agradar

Quando ouvi aquela voz suave

Pensei, é a sua filha, vou escutar


Pois, queria mandar abraços

Pra ela e todos os demais da casa

Dando aquela escutada minuciosa

A temperatura subiu, e virou brasa


Era aquele dito profissional

A quem ela deu sua empreitada

Embora fosse pra tratar de serviço

Mas o coração deu aquela pancada


Se é que quem tem, tem medo

Imagina como a coisa fica danada

Não vemos a pulga atrás da orelha

Meu fi!!! Ela está lá, e bem agarrada


Quanto ao virar brasa que falei

Não causa nenhuma preocupação

É meu jeito de escrever e fazer poesia

Tendo que ser, meu amigo, tem jeito não


A única coisa que nunca perco

É a bendita ou famosa oportunidade

Tudo pra mim é digno de ser registrado

Mudar de profissão pra que? E a idade


Melhor mesmo é continuar serrando

Fazer tudo que for possível, não parar

Se, tem dado certo até agora, sem perigo

Serrote é a ferramenta: só não vai furar


Ele é o mesmo que uma gangorra

Quem gangorra sente boa sensação

Naquele vai e volta, faz o seu serviço

Madeira fica caidinha, chega ir ao chão


Esse negócio de pancada forte

Só pra florear esta minha narração

Sou O Cabra mais seguro do Planeta

Tive sorte de ser O legitimo sortudão


Coelho

Em 27.02.2017 às 11:17 hs



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